sábado, 24 de novembro de 2007

ATIVIDADE FINAL


Mensagem:
" Para os pais, o filho é sempre filho tenha ou não talento''
( Confúcio )
Texto Passo na escada
Depois...muito depois...o ruído de um passo .
Um passo forte, lépido, vivo,familiar.
Um passo que vem vindo e que sobe depressa os degraus de uma escada. Um passo que ouço extasiada,e espero numa ânsia sem palavras, reconhecendo entre todos os outros o seu pisar, ágil e diferente, que a tudo, como a mim, enche de esperança. Sei que para chegar não encontra embaraço; pula os degraus de dois em dois, correndo. Sinto-o ao longe, ouço-o vir, quero-lhe bem. Subindo, escuto-o definir-se, aproximar-se,entrar.....
É um passo que me encanta, me conforta e me atrai. E, de súbito, o passo toma corpo, torna-se dois braços que me arrebatam do chão, faz-se um rosto de homem, sorridente, belo, moço, um rosto de carinho e de alegria que eu não canso de ver e rever todo o dia, um rosto que se inclina sobre a minha pequenez com adoração, um rosto que resume todas as minhas ideiazinhas de força e de confiança, o símbolo de toda proteção:papai!!!
( Maria Eugênia Celso)
Capacidades de leitura:
-Antecipação ou predição
-Localização de informações explícitas no texto
-Identificar a finalidade do texto
-Elaboração de apreciações relativas a valores éticos
-Relação de intertextualidade

Antes da leitura:
-Levantamento de hipóteses sobre o tema a partir do título
-Comentar sobre o gênero(crônica), sua esfera de circulação, autor, publicação
-Comentários dos alunos sobre o assunto

Durante a leitura:
-Leitura compartilhada
-Discussão a respeito da importância da família para a formação do cidadão
Depois da leitura:
-Reflexão sobre o assunto
-Intertextualidade com o pensamento: " Aquele que não consegue encontrar alegria no seio da família, onde a irá buscar?''
( Tamayo )
-Ilustração do texto.
Joana

terça-feira, 20 de novembro de 2007

ATIVIDADE DE LEITURA


Para Gostar de Ler
(Volume 7)
Crônicas
Aeroporto de Conhonhas,uma,duas,várias vergonhas.
Carlos Eduardo Novaes

Ao ser inaugurado,em agosto de 1934, Congonhas era considerado um modelo de “obra aeroviária”. Como todo bom aeroporto que se preza, também ficava a alguns minutos da cidade. Cedo,porém os executivos paulistas, sempre muito atarefados, começaram a reclamar que não podiam perder esses minutos entre a cidade e o aeroporto.
__ O senhor compreende --- queixou –se um executivo a uma autoridade da época –esse percurso nos rouba um pecioso tempo.Será que não dá para chegar a cidade um pouquinho mais para perto do aeroporto?(...)
A cidade continuou sorrateiramente se aproximando, se aproximando, pegou as autoridades distraídas e de repente fez o que os índios fazem com as diligências nos bangue-bangues americanos: cercou o aeroporto.(...)
O Aeroporto de Congonhas é um digno exemplo do milagre brasileiro. É realmente um milagre que no local ainda não tenha havido um acidente de proporções supersônicas. O aeroporto está condenado desde o congresso brasileiro aeronáutico, realizado em 1958(...)
E não é muito raro se ver um avião,ao pousar, abrir os pára-quedas, para não varar a pista e sair lá pela avenida Rubem Berta. Ano passado, um turboélice errou nas contas, atravessou a pista e foi bater num poste na avenida Jabaquara(...)
Vivendo anos debaixo do ruído permanente das aeronaves, os moradores de Congonhas, aos poucos, foram modificando seus hábitos, seus costumes, seus encontros:
__Eu queria dar um pulinho aí para lhe ver – disse uma amiga da tia do Aristides, falando pelo telefone.
__Venha mesmo – respondeu a tia – que nós precisamos conversar.
__E qual é a melhor hora pra você?
__Ah, venha depois do Boeing das oito.
As janelas das casas, por exemplo, só tem a armação.Os vidros foram dispensados e, 1958, quando chegou o primeiro jato. Sempre que levantava vôo, o jato quebrava todas as vidraças do bairro. Os espelhos, para não estilhaçarem, já são comprados aos cacos. As antenas de televisão são subterrâneas. Uma vez, um Lockeed calculou mal a descida e aterrissou com 11 antenas de televisão espetadas no bojo(...)
__Boa tarde – disse ela – eu vim buscar minhas roupas que vieram nesse Jumbo que acabou de descer.(...)
__Não. Elas não estavam na mala.
__Não? – voltou a moça – Estavam onde, então?
__Estavam no varal lá de casa.(...)
Ninguém no bairro usa relógio. Todos se orientam pelos vôos. Na casa da tia do Aristides a família acorda às 6h43m quando passa o Viscount prefixo PP-PTB; toma banho às 10h29m, na passagem do Boeing-747; almoça às 12h43m com o Caravelle.
Aristides, que passou uns dias em Congonhas, ficou impressionado com a tarimba da tia. Um dia acordou e perguntou a ela como estava o tempo lá fora.(...)
. São 300 decolagens ou aterrissagens por dia, o que dá em média um ronco de aviçao a cada quatro minutos. Como o ruído alcança 140 decibéis – o ouvido humano suporta sem danos 85 – conclui-se que os moradores de Congonhas em matéria de barulho são vice-campeões mundias(...)
No Hospital do Servidor Público, próximo ao aeroporto, a primeira providência para com uma criança ao nascer é botar-lhe algodão nos ouvidos. Depois, então, cortar-se o cordão umbilical(...)
__Mas que avião? - perguntou o velho consultando o céu – Não tem avião agora.
__Foi o que acabou de descer. Ele não é mais rápido que o som? Então. Com o avião supersônico é assim mesmo. O som chega sempre com 10 minutos de atraso.(...)
Por que parece que agora as coisas vão mudar. Reconhecendo que os ruídos dos aviões vem criando vários problemas para os moradores de Congonhas, as autoridades resolveram interditar os vôos das 22 às 6 horas da manhã, para que o pessoal possa dormir mais um pouco.
__Mas por que só em Congonhas? – perguntou um carioca – E o pessoa da Ilha do Governador?
__Bem – respondeu um funcionário da DAC – o pessoal da ilha tem que esperar. Afinal, não podem dormir todo mundo ao mesmo tempo.(...)
Texto – Aeroporto de Congonhas,uma,duas,várias vergonhas
Crônica.
Autor: Carlos Eduardo Novaes
Tema: CAOS AÉREO
Turma: 8ª série
Capacidades de Compreensão:
- Ativação de conhecimentos prévios;
- Localizar informações explícitas no texto;
- Inferir informações locais ou globais;
- Identificar a finalidade do texto;
- Percepção de relações de intertextualidade; interdiscursividade;
- Elaboração de apreciações relativas a valores éticos e ou políticos;
Antes da Leitura
-Comentar sobre o gênero (crônica) sua esfera de circulação, autor, publicação.
-Exposição de reportagens e fotos do acidente aéreo de Congonhas recentemente.
-Levantamento das opiniões dos alunos em relação ao tema;
A sua interpretação crítica do texto:
- O direito à opinião própria.
- Crescer em conhecimento e experiências.
- Ver, ouvir, sentir e optar.
Durante a leitura
-Leitura da crônica, Aeroporto de Congonhas,uma,duas,várias vergonhas.
Carlos Eduardo Novaes, pela professora.
-Em seguida, leitura realizada pelos alunos.
- Leitura de reportagens extraída de jornal, para confrontar opiniões.
Depois da Leitura
1. Debate sobre o tema, comparando-o com vários outros temas sociais.
2. Elaboração de um texto dissertativo reportando o tema.
Maria Alice.
CURSO: DESENVOLVENDO AS CAPACIDADES DE LEITURA E ESCRITA NAS DIFERENTES ÁREAS DO CONHECIMENTO
Supervisora: Maria Aparecida S. C. Neves
ATP: Tamar Naline Shumiski

Aluna: Maria Alice Oliveira Marcolino
Avaliação do primeiro mês

Acredito que os objetivos propostos para esta primeira unidade foram alcançados. Neste curso eu aprendi muitas maneiras de comprender e analisar um texto de forma mais profunda e também pude refletir em práticas que foram muito importantes para as habilidades de leitura e escrita e aprofundar os estudos relacionados aos diferentes gêneros textuais. O contato com blog é uma maneira distinta de troca de experiências cheia de novidades onde se pode encontrar jeitos diversos de escrever e outras mareiras de leitura nas diferentes áreas de conhecimento. Tem sido uma nova oportunidade onde se busca uma maneira diferente de fazer leitura e dá para aprofundar mais o que já se conhece.Há uma preocupação em capacitar professores de várias áreas buscando uma forma de incentivar ainda mais a leitura e a escrita . A exploração dos conceitos de esferas de atividades humanas e de gêneros do discurso podem interferir nas atividades de leitura e escrita na medida que do ponto de vista textual, todo gênero está associado a uma esfera de atividade humana. Em minha escola estamos empenhando em despertar no nossos alunos o interesse pela leitura, nas aulas sempre são colocadas várias prática de leitura e escrita garantindo aos mesmos atividades significativas para que desenvolvam as habilidades de compreensão e produção de texto. Para isto oferecemos leituras, interpretações e produções de textos de diversos gêneros ; são propostas vários tipos de recursos que incentivam a leitura e a escrita.







Avaliação

Avaliação do primeiro mês

Neste curso temos a oportunidade de praticar as habilidades de leitura e escrita e aprofundar o estudos relacionados aos diferentes gêneros textuais. O contato com o gênero blog é uma novidade para mim.
Podemos refletir também sobre a importância em se praticar estas habilidades (leitura e escrita) nas diferentes áreas do conhecimento, visto que a linguagem está ligada às diversas atividades humanas. Penso que o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita deve ser preocupação de professores de todas as disciplinas. Este curso está capacitando os professores para este trabalho que até então parecia ser uma preocupação específica do professor de Língua Portuguesa.
As atividades de leitura e escrita por parte do professor, muitas vezes tem caráter didático, ou seja, o professor lê e escreve unicamente para dar aula, ficando esquecida a leitura por prazer e consequentemente a prática da escrita também. No decorrer do curso estamos sendo motivados a ler e escrever. Esta está sendo uma experiência enriquecedora para o nosso trabalho. Parabéns às mediadoras Tamar e Cid que têm conduzido as orientações de maneira dinâmica e organizada.
Joana Dark

ATIVIDADE FINAL


"PODEMOS CONHECER O UNIVERSO?
REFLEXÕES SOBRE UM GRÃO DE SAL"
*Carl Edward Sagan

Carl Sagan nos mostra através deste texto como é o Universo, o que ele representa. O autor acredita que, diante da grandeza da criação divina ou da evolução, dependendo da teoria que adotemos, pouco sabemos sobre tal realidade..O texto na verdade fala sobre os mistérios da natureza ele nos leva a reflexão em até que ponto podemos compreender o Universo comparando-o com os mistérios de um grão de sal. O fato de se refletir sobre um grão de sal torna valoroso desde uma pequena experiência até a imensidão do universo.A nossa percepção pode ser distorcida pela educação, pelos preconceitos ou apenas pelas limitações dos nossos órgãos sensitivos, que, obviamente, não apercebem diretamente senão uma fracção mínima dos fenómenos do mundo. Mas até onde podemos verdadeiramente conhecer o universo que nos rodeia? Às vezes, esta pergunta é feita por pessoas que esperam que a resposta seja dada na negativa, porque têm medo de um universo em que tudo possa, um dia, ser revelado. E às vezes ouvimos declarações de cientistas afirmando, confiantes,que tudo o que vale a pena conhecer será conhecido.Há muito o que se descobrir no que é desconhecido, inclusive em relação ao universo A ciência é mais um modo de pensar do que um conjunto de conhecimentos

Relato comentado -Podemos conhecer o Universo? Reflexões sobre um grão de sal

O texto de Carl Sagan traz a definição de ciência, seus objetivos e método. Para o autor, ciência é antes um modo de pensar do que propriamente um conjunto de conhecimentos. Seu objetivo é compreender o funcionamento do mundo e procura as regularidades das coisas. O principal artifício da ciência consiste em realmente pensar sobre as coisas, ou seja, representa a explicação para os fenômenos que ocorrem.
Segundo o autor, o fazer científico está baseado na observação crítica dos eventos, no levantamento de hipóteses, na checagem das mesmas, na experimentação.
O texto traz um questionamento: "Até que ponto podemos conhecer o Universo à nossa volta?" e mostra que essa questão é colocada por pessoas que aguardam uma resposta negativa, que receiam um Universo em que tudo um dia será conhecido. Alguns cientistas dizem que tudo aquilo que vale a pena conhecer será em breve conhecido ou já o é.
Os seres humanos sempre buscam as regularidades das coisas nas leis naturais numa tentativa de compreender o Universo.
Por outro lado, o senso comum, na maioria das vezes, traz uma expilicação para o funcionamento do Universo.
Na busca pela explicação das coisas, o cientista compara a molécula de sal com toda sua regularidade e movimento ao Universo.
Existem limitações ao que o homem pode fazer, tais limitações tornam o mundo cogníscivel. Cada limitação corresponde a uma lei da natureza, a uma limitação do Universo.
O autor termina dizendo que gosta do Universo que inclua muito de desconhecido e, ao mesmo tempo, muito de conhecido. Para ele, um Universo onde tudo fosse conhecido seria estático e monótono. E ainda, um Universo incognicível não é lugar para um ser pensante.
Joana

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

ATIVIDADE FINAL



RELATO COMENTADO :


"SE UM VIAJANTE NUMA NOITE DE INVERNO"


Italo Calvino


Vai se dizer que a literatura só se realiza plenamente quando encontra o leitor. No entanto, ao contrário do que seria razoável imaginar, raras vezes ele é chamado à frente da cena ficcional. Publicado na Itália em 1979, traduzido no Brasil em 1982 e agora relançado por aqui em nova tradução, "Se um Viajante numa Noite de Inverno", romance de Italo Calvino (1923-1985), é talvez o mais bem-sucedido esforço de valorização do leitor em uma obra literária. Nesse "hiper-romance", o leitor é simplesmente o protagonista. Tudo se resume ao significado dessa peça fundamental da engrenagem narrativa, espécie de "única realidade" que restaria ao romance depois de concluído o ato de escrevê-lo.Italo Calvino explora o melhor da literatura fantástica. Tece toda uma história na qual o Leitor é um personagem na segunda pessoa que se envolve em um romance cheio de aventura, mistério, paixões e perigos. Essa técnica, muito bem trabalhada por sinal, é o mais chamativo dos muito ricos recursos estilísticos que prendem a atenção por todo o romance. O resultado que se tem é um meta-livro no qual é impossível não haver uma identificação do leitor "que lê" com o leitor "lido", nas palavras do autorItalo
Calvino é romancista e ensaísta.
Nasceu em Cuba e mora na Itália, país de que adotou a língua em seus textos

ATIVIDADE FINAL


RELATO COMENTADO "O MILAGRE BRASILEIRO "
Fausto Boris
O "milagre econômico" é a denominação dada à época de excepcional crescimento econômico ocorrido durante a ditadura militar, ou anos de chumbo, especialmente entre 1969 e 1973, no governo Médici.Nesse período áureo do desenvolvimento brasileiro em que, paradoxalmente, houve aumento da concentração de renda e da pobreza" início do Regime Militar a inflação chega a 80% ao ano, o crescimento do Produto Nacional Bruto (PNB) é de apenas 1,6% ao ano e a taxa de investimentos é quase nula. As interpretações sobre os determinantes do "milagre" podem ser agrupadas em três grandes grupos. A primeira interpretação enfatiza a importância da política econômica do período 1968/73, com destaque para as políticas monetária e creditícia expansionistas e os incentivos às exportações. Uma segunda linha de interpretação atribui grande parte do "milagre" ao ambiente externo favorável, devido à grande expansão da economia internacional, melhoria dos termos de troca e crédito externo farto e barato. Já uma terceira explicação credita grande parte do "milagre" às reformas institucionais do Paeg (1964/66), em particular às reformas fiscais/tributárias e financeira, que teriam criado as condições para a aceleração subseqüente do crescimento. Diante desse quadro, o governo adota uma política recessiva e monetarista, consolidada no Programa de Ação Econômica do Governo (Paeg), elaborado pelos ministros da Fazenda, Roberto de Oliveira Campos e Octávio Gouvêa de Bulhões. Inúmeros hábitos novos de consumo faziam o delírio dos beneficiados pelo crescimento econômico. O Brasil emergia subitamente como um dos mais dinâmicos mercados de TV do Terceiro Mundo. A programação da Rede Globo, especialmente seu "Jornal Nacional", disseminava os ideais de "segurança e desenvolvimento" do regime militar, incutindo hábitos culturais e louvando as conquistas governamentais.